Um trecho do Diário Completo de Produção da GLIMPSE #5
Quase uma quinzena sem nem tocar neste projeto consigo retornar. Ao menos consegui escanear páginas para incluir na quinta edição da GLIMPSE.
Quanta demora?
Pois é... realidade brasileira da produção de quadrinhos/mangás. Das artes em
geral (imagino eu). Não dá pra deixar de trabalhar e ficar sem sustento
próprio.
Sempre me
pareceu deveras inconsequente uma raça extraterrestre, consciente das
capacidade e tendência humana para a (auto)destruição, permitisse que sua
tecnologia superior fosse estudada e talvez reproduzida por seres tão perigosos
quanto os humanos.
Transporte
interplanetário descartável seria a solução. Aterrissou, transportou se
dissolveu.
Como a espaçonave iria se liquefazer nos próximos painéis, me pareceu sem sentido o tripulante deixá-la por uma detalhada e cheia de engrenagens comporta de desembarque. Pareceu fazer mais sentido a saída ser obtida por movimento mecânico e fluido de quem desembarcasse.
O visual da
espaçonave se desfazendo em fluído veio de quadro do Salvador Dali, aquele onde
um relógio aparenta liquefazer-se. Coloquei um tronco de árvore destruída
debaixo da nave para dar mais volume e permitir o gotejar característico de
algo se desfazendo em líquido.
Aliás, fica a
dica, quadros do surrealismo, do futurismo e de outros movimentos artísticos
fornecem ótimas ideias para a parte visual do seu mangá.
“Nunca vai
usar esse negócio de quadros nos seus mangás”? Só usa aquele shonenzão
porradeiro favorito”? Sei como é. Eu também produzi centenas de páginas de
fanzines da minha série predileta.
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